quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A verdade sobre a politica e os problemas urbanos em Brasilia

Ao ser construída, Brasília teve como objetivo principal, além de ocupar e povoar o Centro-Oeste do país, e de ser a sede administrativa e política do país. Mas ao tornar-se centro dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, passou a carregar o ônus de conviver com escândalos que têm origem nos gabinetes e corredores das instituições públicas.
Além da crise política, a capital enfrenta outros conflitos. Embora o Plano Piloto de Lúcio Costa esteja preservado - Brasília foi tombada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco -, sofre influências do crescimento desordenado do entorno.
De acordo com o Superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no DF, Alfredo Gastal, a falta de transporte público, a sobrecarga dos sistemas de saúde, educação e a falta de planejamento por parte do Estado geram expectativas pouco otimistas.
"Se o Distrito Federal não se planejar para o futuro, isso não vai funcionar. Sem planejamento, não há tombamento que resista", disse Gastal. O problema da falta de planejamento é mais antigo do que aparenta. Mesmo durante a construção da capital, as autoridades da época não calcularam um espaço para a moradia dos candangos e pioneiros. Acomodados em vilas próximas aos canteiros de obras, tiveram de ser transferidos para regiões fora do Plano Piloto, mais tarde conhecidas como cidades-satélites.


Metryskon....

Estou aqui


        Gosto de você com todas as diferenças que temos...
        Respeito sua visão de mundo, mesmo não sendo a minha...
        Fico feliz ao perceber sua alegria...
        Preocupo-me, quando sinto que não está bem...
        Estou do seu lado para o que DER e VIER...
        Sorrindo...
        Chorando...
        Concordando ou não...
        Seja lá como for...
        Saiba que voçe não estará sozinho!
        jamais estará! 


          Metryskon....


sábado, 8 de janeiro de 2011

Eva e Malcom

EvaeMalcon.jpg
Ilustre Ilustração: Luís Próton





Eva e Malcom



A primeira vez em que se viram foi num dia em que sinistras coisas aconteceram com o grupo em que estavam, num amiente campestre e aventuresco. Mas a primeira vez em que se viram de verdade foi num dia em que haveria um encontro no meio daqueles ufológicos monumentos da cidade, mais especificamente naquela gigantesca redoma branca plantada no meio do deserto de cimento.
Quando Malcolm a viu, não pode controlar seus impulsos passionais. Foi arrebatamento à primeira vista. Ela era tão Branca e pálida... seus lábios finos eram mortalmente negros, um negro com tons carmins e escarlates profundamente escuros, assim como os olhos contrastantemente sombreados e oscuros. O nariz tão caucasiano... fino e protuberante... em suma.... ela era o tipo perfeito da ariana. Branca, nevada, púbere, mimosa.  A Carne, exuberante e capitosa, trescala a essência que de si dimana! As níveas pomas do candor da rosa, redondilhando-lhe o colo de sultana, emergiam da camisa cetinosa, como as rendas sutis da filigrana!  Mais ou menos como diria Augusto dos Anjos.
Ela era um pecado, e tão rápido quanto suas pupilas se dilataram em veneração, sua consciência o cutucou como uma agulhada no cérebro. Ela não podia se apaixonar por alguém assim. Ele era Malcolm, o grande ativistas, o grande professador da supremacia negra, o profeta de um mundo lindo, negro e livre de todo e qualquer vestigio da cultura branca, da presença branca, das roupas brancas, da língua branca, da pele branca, dos seios brancos, das coxas brancas, das rosas brancas que ficam entre elas, enfim!, sem nenhum vestígio de... Eva Braun! oh, não!
Eva, por seu lado, era a mais alta representação do ideal ariano, da supremacia branca. E carregava esses princípios arraigados em sua essência, por mais que não os cultivasse ou pensase demasiado sobre eles. Entretanto, entendia seu papel social: o de musa do antissemitismo, ou Miss Raça Pura.
Quem poderia dizer que o destino uniria dois corações tão improváveis? Quem diria, portanto, que aquele olhar fulminador e enebriado que malcolm lançava a Eva no exato momento em que se apaixonara por ela atingiria bem fundo no seu coração e no seu ventre  e que despertaria incondicional interesse naquela senhorita no exato meomento? Foi como um raio elétrico!, acompanhado de todos os trovões e de uma fina chuva que caia insistentemente, obrigando todos a se abrigarem sobre a grande biblioteca, tão simbólica em em seu paradoxo de Emancipação/Alienação. Ali, todo o conhecimento do mundo reunido, uma dádiva, e no entanto, um lugar onde os oprimidos não conseguem frequentar, por conspirações ou por intimidação.
Era certo, portanto, afirmar que Eva e Malcolm desejaram-se quase no mesmo instante, e quase na mesma intensidade.
Eu sei que o desejo de um pelo outro era quase um anacronismo. mas eu também sei que respeito e consideração nunca tiveram nada a ver com tesão. o-u-o-u-ou.
Por isso mesmo, a despeito de todas as suas psicoses, loucuras, anseios e responsabilidades, procuraram-se, madaram o mundo se foder, mandaram seus próprios pricípios se foderem e então foderam-se.
Primeiro, se aproximaram cuidadosamente no meio de uma roda punk. Black Metal ao fundo. Ele a beija respeitosamente, na mão. Não na dela. Na própria, para acentuar a respeitosa distância. Pudesse, beijaria-a toda.
- Srta Braun.
- Sr X.
Longo diálogo se iniciou, entrelinhado por olhares lascivos e lábios entumescidos. Eva dizia que tinha muitos amigos negros, embora fosse a Miss Supremacia Branca. Malcolm dizia que odiava os brancos. Todos eles. E que ela era linda, muito linda. Posso lhe recitar um poema? Um de augusto dos anjos. Sempre odiei esse poema mas sei que voce vai adorar.
Recitou-a a poucos centímetros de do seu rosto e terminou a poesia nos lábios dela. Ela agradeceu ao poema nos lábios dele. Ele entoou o prólogo no seu pescoço, na sua nuca, na sua orelha. Nos seus ombros. Você parece a mortícia adams. Deixe-me beijar seu braço como Gomez fazia com ela. Você sabia que o Gomez era latino? Não acha engraçado a união de um latino americano com uma mulher totalmente caucasiana em uma produção tipicamente americana?
Sim, ela dizia, com os olhos fechados e um ganido na garganta, que foi beijada também, e em seguida o colo, e em seguida os seios cândidos, e em seguida o poema se tornaria uma verdadeira epopéia, com o herói navegando por mares tormentosos nunca antes navegados, ou já, mas que importa? Eram igualmente perigosos.
A essa altura já estavam longe de todos os olhos humanos e guiados apenas por suas bestas internas.
- Sabe - dizia ofegante - um dia eu vou exterminar toda a sua raça e toda a sua mania de superioridade, srta Braun.
- Só... ah! uau!, Só por cima do meu cadáver, senhor X. Você é tão cálido. Eu não odeio os negros, desde que eles tenham a alma branca. Nossa, você me arrepiou.
- Helter Skelter virá. Charles Manson não o fez mas eu o farei. Eu quero ver sangue! Lágrimas! Furar todos os brancos!
- Sim, fure todos os brancos, Mal! Mas saiba que se arrependerá!
- Você me causa tremores, Eva! Queria ficar aqui pra sempre com você, assim. Eu te odeio, Eva, você e todos os brancos. Você me faz sentir tão bem! Tão poderoso! Desperta meus instintos mais animalescos. Estou perdidamente apaixonado por você.
Eu também estou perdida por você, escravo. Todos os seus irmãos serão meus servos, em breve. Todos! Gostaria de matá-los. Eu quero você pra sempre, por enquanto.
Eva e Malcolm miscigenavam-se, e então, sob a luz de uma lua nova, metade negra e misteriosa e metade branca e brilhante, tiveram o primeiro nirvana ao qual se sucederam muitos outros.
Ao amanhecer, o sol os encontrou mortos, nus e abraçados, ao lado de uma garrafa de vinho argentino envenenada, um cigarro ainda aceso nos lábios de eva e um poema apenas começado na mão de Malcolm, com a frase "K.K.K. took my baby away, away from me...".
Enquanto isso, Militantes do HH Brasil e do PPP se digladiavam na esplanada dos ministérios.




d.iáfano b.acante